Como diz em seu artigo 1º, parágrafo único, da nossa Constituição Federal: ”Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. E o que estamos vendo mais claramente neste momento de crise, em relação à saúde e, consequentemente, em relação à nossa economia, é que este parágrafo tão importante da nossa Carta Magna não está sendo respeitado por parte de algumas autoridades públicas, quer sejam elas, municipal, estadual e ou federal, afinal, não estamos vivendo em um “Estado de Exceção”, pelo menos declarado. Ficamos então feitos “fantoches”, uma autoridade pública toma uma medida, a outra desabona, enfim, ficamos no meio de um jogo que, cada vez mais, fica muito claro que os interesses vão muito além do âmbito da saúde, sugerindo a todos nós que o desenrolar desta crise diante do Coronavírus não seja única e exclusivamente um problema de saúde, mas também, um problema político e institucional. em1w
Como cita o referido parágrafo, que “todo o poder emana...”, tem o sentido de que o povo é o titular do poder político, porém, quem exerce de fato este poder são seus representantes eleitos, que, por muitas vezes, não correspondem aos votos em que lhes foram confiados. O que nos leva a crer que, “temos o nosso poder político” com base na Constituição, mas, o poder de fato está com aqueles aos quais elegemos. “Parece” que para alguns de nossos representantes públicos, o poder lhes sobe a cabeça, esquecendo-se de seus compromissos morais e constitucionais, ando por cima das leis e dos artigos que constam em nossa Constituição, como se nada disso tivesse algum valor.
Diante desta crise decorrente do Coronavírus, muitos destes “nossos representantes” públicos estão muito mais preocupados com suas possibilidades em levar alguma vantagem política em detrimento do que deveriam ser as únicas e justificáveis preocupações, que são com a saúde da população, principalmente, e também, com os reflexos negativos desta crise para a economia. Precisamos estar atentos a estes oportunistas que através de nossos votos foram eleitos para nos representar e, ao que nos parece, “não entenderem” o compromisso assumido tanto com seu eleitorado, como também, com o restante da população através do juramento realizado no momento de suas posses.